E nunca aproximam.
De quê, à quem?
Ao contrário. Distanciam.
A ponto de sumir do toque.
Da vista, do peito.
Tecnologias avançam
E pensam por nós.
Roubam-nos esse dom.
Tornam o pensar sem sentido.
Deixamos se sentir?
Caminhamos com destino ao vazio.
Caminhamos tão longe
Que nos distanciamos de nós mesmos...
De afetos completos
Por prazeres efêmeros!
Vazios na alma, sucumbimos
Afogamo-nos na lagoa de narciso.
Aninhados apenas pelo reflexo
Do próprio desejo.
Onde o beijo não é verdade.
É projeção.

Nenhum comentário:
Postar um comentário