Jessie Miranda

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Até nas flores encontra-se a diferença da sorte; umas enfeitam a vida, outras enfeitam a morte!

quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Essa tarde calma de céu aberto e brisa suave, parece-me trazer você. Acariciando meu rosto. Eu inclino minha cabeça para o lado, de olhos fechados, e encaixo as costas de sua mão no meu ombro. Não sei se é minha saudade latente, mas, hoje gostaria de repousar minha mão sobre a tua e seguir assim, em silêncio. Só por isso eu agradeceria.

Ia te olhar nos olhos vagarosa e lhe sorrir com a alma. Aos poucos, as mãos naturalmente seguiriam o percurso dos braços e formariam um abraço. A energia do abraço em silêncio. Essa seria a minha melhor palavra. A única. O meu abraço.

Um abraço onde sei que os queixos iam de repousar entre a linha tênue de pescoços e ombros. Aqueles de corpo. Onde os corações possam quebrar o silêncio que está aqui desde então. E dançarem. Juntos. Até que, respirações e pulsos, entrem em compasso bailando em segredo um tango ou um bolero e, de olhos fechados, perceber que nossos corpos dançam tímidos: "são dois pra lá, dois pra cá"...

De olhos fechados, é possível alcançar o distante, enxergo pontes entre abismos e assim se torna mais fácil a travessia. Esta que, de olhos abertos é amarga e vazia.

Abraço é laço, de amor, de energia esperança e saudade.

O pensamento é uma oração.

Amém.

Um abraço pode ser a fonte de cura para as dores profundas da alma.

Se podes ver, repara.

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