Jessie Miranda

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Até nas flores encontra-se a diferença da sorte; umas enfeitam a vida, outras enfeitam a morte!

segunda-feira, 13 de abril de 2009

O barco é a canção!

Não herdei aquela música. Tão pouco restou a promessa de tê-la para mim. Talvez por falta de merecimento, Ou talvez por falta de amor. A presença mental, não é mais sustentável. O teu coração, eu não vejo aqui. Ele mora em terra distante, Deve ter apenas passado uma temporada nessa colônia, Em breve voltará para seu porto. Provavelmente a mulhara está sendo reerguida. Minha força não mais a derruba, e o sol que lhe aquecia, Não alcança mais a ti. ♥ O brilho era forte, o desejo morava no peito. A vontade estava nos lábios, e o pensamento Era uma linda canção. O coração implorava paciência. Olhos suplicavam permanência, De um amor que velejou, Velejou com o marinheiro das súplicas. ♥ A canção foi cessando. O amor se afastando, a vontade se esgotando. O barco não chegou ao porto, nem chegou ao horizonte. Talvez nem volte mais, talvez não volte nunca. E as lágrimas contidas pelo vento, é o que conforta, Estou no cais, sentada observando a cada dia um novo pôr-do-sol. Trazendo o cheiro do passado que não vive. Apenas guarda as boas lembranças. Com amor, Jessie Miranda.

Um comentário:

Daniella Ricciardi disse...

Lindo porém triste... Espero que isso tenha sido só um desabafo e que esteja tudo bem...

Bjo..