Jessie Miranda

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Até nas flores encontra-se a diferença da sorte; umas enfeitam a vida, outras enfeitam a morte!

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Laços



Os laços que de mim não saem,
Enfeitam minha cabeça, meu corpo, e me invade.
São laços atados para não desarrumar,
(mas desfiam)
São laços feitos para não soltar,
(mas caem, sem desamarrar)
São laços feitos pra ficar...
(e não se sabe quando começaram a fincar)

Os laços que envolvem meu corpo
em fita vermelha de cetim,
Me corta, me enforca, me entorta,
sangrando meu peito, enfim.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Coisas da Vida


Nunca foi pelo que você tem.
Sempre será pelo que você é.
Foi avassalador, tomou minha alma, me fez inteira.
Desde o primeiro olhar, ao tropeço do destino em nossas vidas.
E as mãos que se entrelaçaram antes mesmo dos lábios,
E que tanto se curtiram, por horas a finco.
Antes mesmo de descobrirmos quão mágico seria amar um ao outro!
E crescer um com o outro. Com nossos erros, com nossos acertos.
Descobrimos o poder que é mudar atitudes pelo outro, por consideração.
Isso é forte, é muito forte!
Superamos (juntos), tantas crises existenciais (de ambos) valorizando a presença um do outro naquele momento, e a vontade de permanecer juntos mesmo que não fisicamente, era maior que a provação que tínhamos que passar.

É difícil aceitar que a estrada dos sonhos é individual, quando o desejo é que mesmo os sonhos sendo diferentes, desejamos trilhá-lo pela mesma estrada.
Mas somos todos fantoches de um espetáculo chamado vida, e não cabe a nós decidir COMO serão nossos caminhos, mas apenas por ONDE vamos seguir.

Entre idas e vindas este ano completaria a metade de uma década.
Mas que sejam então quatro anos e alguns meses...
Vou viver, e é isso que realmente faz valer a vida.
Seja sozinha, seja acompanhada, seja inteira, ou solitária.

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Sempre houve cumplicidade, amizade, e parceria nos momentos mais difíceis.
Eu sempre estive ali para você, e ainda estou, e estarei. De uma forma ou de outra.

Por mais que muitos digam que não, foi um casamento, aliás, foi além disso, e para mim, continuará sendo. Embora muitos tenham torcido contra, também tivemos uma grande torcida a favor.
(E isso contou muito)

Hoje talvez eu tenha que modificar o amor aqui dentro do meu peito, não será uma tarefa fácil, mesmo longe, gosto de saber que de alguma forma, estamos juntos.

Sei que curar feridas, sem afastar meus machucados do que me fez ferir, é muito mais difícil, mas sempre fui a “garota enxaqueca”, aquela que prefere os caminhos mais difíceis,
talvez por saber que são estes os mais intensos, os mais lembrados, os mais entregues.

”Ainda não é hora de fechar meu livro....”

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Linhas da vida - Testamento



Quando a velhice chegar, não quero esticar as linhas que marcaram as andanças da minha vida.
Até porque, envelhecer, são as linhas escritas por nós em nosso corpo. E elas falam por nóstudo que vivemos.
Por isso, tudo que escrevo, foi vivido, os caminhos por onde passo, são abertos e mostrados, sem medo.
Meu passado não me condena, me justifica. Meu presente, não é presente é só o embrulho, do que vou ver no futuro. Muitas vezes, o embrulho é muito mais significativo que o próprio presente.

Por isso, que mesmo em meio a tempestades em alto mar, vou levando a vida bem devagar...na calmaria.
Esperar também fazer parte de um longo processo, (é daí que vem a palavra esperança).
Esperando baixar tempestade do mar, vamos levando a vida até poder voltar a praia, e curtir mais tardes de sol com quem quer que você deseja estar, sentindo além do calor do sol, o calor que é amar.
Olhando a vida, sentindo a vida, vivendo a vida...

Para equilibrar os pólos de minhas tantas emoções, vou rindo da tristeza, e chorando da alegria, é assim que tento buscar "meu centro" nas coisas da vida.


Por Jessie Miranda

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Minhas mãos estao limpas de culpa.
Elas estão marcadas pela vida.
Do que toco, do que movo,
E o que coloco em meu corpo.
E o que coloco em minha alma.

Por minhas mãos, falo com gestos.
Com minhas mãos, faço justiça.
Em minhas mãos, a minha vida.

E nos meus dedos minhas digitais,
as marcas da minha vida,
a marca do que sou.
A marca do que marcou,
E o que em mim ficou.

(incompleto)
Jessie Miranda