(A mão que afaga, é a mesma que bate)
Ela ressurge das trevas trazendo a escuridão para o meu mundo.
Já vi toda essa história antes.
O Apocalipse está de volta e vai devastar tudo.
O Apocalipse está de volta e vai devastar tudo.
Mais uma vez.
Ela é o dedo sujo na ferida aberta.
É o câncer, a aids, as “set” (sempre set) pragas do mundo.
Ela é meu sofrimento diário, a dúvida dentro da certeza.
Ela é meu sofrimento diário, a dúvida dentro da certeza.
A carnificina que impregnou sob meus pés.
Destrói tudo de bom (e talvez não tão concreto),
que pouco a pouco eu construí.
Soa contraditório dizer que, sem ela,
Destrói tudo de bom (e talvez não tão concreto),
que pouco a pouco eu construí.
Soa contraditório dizer que, sem ela,
Não existiria nada das coisas que eu construí?
Porque ela sempre esteve ali, observando tudo.
Presente em cada tijolinho, móveis, e corpos.
Sempre esteve ali, olhando tudo que acontecia.
Tomando conta para que nada fosse enraizado.
Presente em cada tijolinho, móveis, e corpos.
Sempre esteve ali, olhando tudo que acontecia.
Tomando conta para que nada fosse enraizado.
É o punhal de prata cravando meu peito
Bem devagar. Sangrando, até secar.
É o meu Não amanhecer de todos os dias.
O lado ruim que prevalece, vencendo o lado bom.
É o meu choro mais longo e sentido.
O mais doído e ressequido.
O mais doído e ressequido.
É o grito de fúria do cavaleiro por ter soltado o dragão.
Julgam que é errado abrir a porta do inferno e soltar os demônios,
Mas se temos que enfrentá-los, que seja o quanto antes.
Só precisamos de 20 segundos de coragem desconcertante,
Para fazer valer todas essas vogais e consoantes.
Para fazer valer todas essas vogais e consoantes.